sexta-feira, 1 de julho de 2016

O IMARCÁVEL MARCA. COMO MARCA



23 de agosto de 2015

É um jogo de palavras, mas define o que a lógica muitas vezes não dá conta.
No futebol "marcar" é uma palava de duplo sentido. Ora ofensiva. Ora defensiva.
É um verbo conjugado durante a partida, por todos.
É tão intenso que na oração de entrada de campo, o Pai Nosso poderia até ser modificado por "(..) Pai Nosso que estais no Céu MARCAI por nós jogadores".
Não veria problema nisso.
Porém, o imarcável é algo espetacular.
É o surreal futebolístico. 
A composição dos personagens folclóricos dos gramados.
Imarcáveis são DEMÔNIOS, não nego.
Pelo menos para nós zagueiros.
Criaturas imprevisíveis, vivem do mais puro improviso. De lampejos de genialidade.
Todo imarcável deveria virar verbo.
Ser ensinado nas escolinhas de futebol.
Imaginem uma aula de conjugação do verbo Edmundo. 
O jovens zagueiros, todos ainda em sua puberdade, fazendo cara de maus e gritando:
Eu Edmundo, vou de carrinho
Tu Edmundo, irás de voadora
Ele Edmundo, dobra comigo para o cara não escapar.
Seria hilário. 
Haveriam outros verbos como Edílson Capetinha, Neymar, Messi, Zidani, Ronaldo Fenômeno entre tantos outros.
Olhando o gramado por esse ângulo, seria justo definir então, que em times de futebol existem jogadores e jogadores, como filosofava o grande Vicente Mateus. Todos são importantes em suas funções. É inegável isso. Mas o senso de justiça me obriga a dizer que há jogadores que estão jogando um pouco mais que os outros.
Volto-me a minha realidade. Aos meus campos.
Pois essas criaturas desfilam pela várzea.
Tiram sono de zagueiros.
Todos os domingos divido o campo como desses fenômenos. 
Como se não bastasse ser imarcável, nosso centroavante marca e como marca.
Não dá para brincar na sua frente.
É um atleta completo, adepto do futebol moderno.
Moderno mesmo. Do tipo de atleta que Tite e Guardiola gostariam de ter. Pois no futebol moderno é assim, a marcação começa no ataque. Não há espaço para atletas displicentes ou morosos.
Centroavante bom. 
Marca. 
Sem preguiça. Sem reclamar. Tem que marcar.
Define o jogo e ainda recompõe na saída adversária.
Assim é Marcão. 
Está com uma estrela de dar inveja ao astro rei.
Dribla para os dois lados.
É rápido e habilidoso.
Está em uma fase tão boa que se dá ao luxo de chutar ao gol de forma despretensiosa. Quase que esnobando o guarda metas adversário.
São chutes mentirosos. Cheios de efeito.
De uma leveza que dá gosto de ver.
Hoje fez cinco.
E não esgotou o repertório.
Estava modesto.
Fez gols simples.
De centroavante trombador mesmo.
Nada de bicicletas ou voleios.
Sinceramente. 
Tive pena do zagueiro adversário. Que mais baixo, ousava em querer procurar o corpo.
Falta de inteligência custa caro.
Pelo menos uns três gols de giro.
Hoje, parafraseando o já citado Vicente Mateus,
Marcão no ELETROGE F C é invendável e imprestável.
Complemento a frase dizendo, IMARCÁVEL.

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