O número 10.
O dobro de 5.
Em linhas futebolística, um manto.
Com certidão de paternidade.
O número 10.
Nasceu.
Imortalizou.
Virou sinônimo de genialidade.
O 10. Nada de 32, 48, 11, 12, 27 ou tantas outras aberrações numéricas do futebol comercial.
O 10 é romântico. É a segunda pele do homem de passe perfeito. Das arrancadas do Olimpo. Do arremate cruel.
O 10 não pulsa. Faz pulsar. Alarida multidões. Operários, desempregados, donas de casa, empresários, velhos, jovens e crianças.
O primeiro 10.
O original.
Era negro. Como a noite. Encantou e assombrou gramados em seu uniforme alvo.
De um negro perfeito a combinar com o amarelo. De sorriso aberto, até quando abatia seus adversários. Um a um. Equipes inteiras caiam admiradas.
O negro perfeito.
O 10.
A palavra de 4 letras.
Pelé.