quinta-feira, 11 de agosto de 2016

FOI DE BICO

Dada pelo Atlético Mineiro, marca o gol do título brasileiro de 1971 sobre o Botafogo.
Fonte: http://www.atletico.com.br/torcida/dada-maravilha/

ref. a 07 de agosto de 2016

Não existe gol feio. Feio é não fazer gol.
Essas palavras não são minhas, mas sim de Dada Maravilha, o "beija-flor".
Figura desengonçada em campo. Atacante do tipo caneludo. Acredito que Dada poderia se autodenominar, não beija-flor (em uma analogia que fazia em relação ao voo da ave e seus saltos), mas, o "atacante anatômico".
Era um especialista em fazer gol com qualquer parte do corpo.
Peito.
Canela.
Pescoço.
Barriga.
Costa.
Bobeou.
Bola na rede.
Defensor do gol e pronto.
Sem firula.
Entendia a mentalidade do torcedor. Entendia tanto que vestiu a amarelinha. quando usa-la representava algo de valor.
Era adepto de um tipo de chute muito comum no futebol de salão. Não o futsal. 
O velho futebol de salão, o jogo da bola pesada.
Batia de bico como poucos.
Isso mesmo, de bico.
Um chute seco de dois sons.
Tuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmm.
Fiiissssssssssssssssssssssssssssssssssss.
Se o goleiro estiver desatento, soma-se a esses, o som da rede.
A bola sai reta, sem parábolas.
Forte como um tiro.
Não é um chute dos mais belos. Mas é eficiente.
Ele sabia disso.
Romário, seu herdeiro. Sabia disso.
Maurão sabe disso.
Tentou de toca e chapa.
O goleiro defendeu.
Tentou cruzado.
Outra vez, lá estava o goleiro.
Parecia perseguição.
Incomodado, limpou o zagueiro e deu de bico.
Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmmm.
Fiiiiiiiiiiiiisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss.
Chuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
gol. 

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