segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O paredão



O lendário arqueiro do  Sport Club Corinthians Paulista, Ronaldo Giovaneli.


O Ousado Renê Iguita e a sua defesa do escorpião.
01 de fevereiro
Não tem meio termo.
Como sabiamente afirma a inteligência popular, o goleiro é meio time.
É o santo milagroso. 
O de todas as horas.
Naqueles jogos que o time demora para encaixar, é essa figura que tem que garantir o bicho.
Goleiro bom,é bocudo.
Ranzinza.
Sempre reclamando do posicionamento do time. 
Nada está bom. 
É a zaga que deixa virar.
O meio que que não acompanha.
Cada salto, uma encenação.
Nunca sai limpo de campo.
Até quando assiste o jogo, dá um jeito de fazer das suas.
Goleiro bom nasceu para ser protagonista. Não aceita papeis secundários em campo.
Houve um período na história do futebol brasileiro que se acreditava que nessa posição jogavam atletas bem apessoados, quase artistas de televisão - a campanha encabeçada por Leão ao longo dos anos de 1980, quando participou de campanhas publicitárias, arregimentando o público feminino para dentro dos estádios. Por falar em Leão (para os menos informados, falo do goleiro Emerson Leão, arqueiro do Palmeiras, Corinthians e Seleção brasileira), o folclórico goleiro em uma de suas máximas, costumava dizer a seus defensores:
"'Não deixa virar, não deixa chutar, não abre".
Ou seja, defenda tudo que se passar eu garanto.
Geralmente, nós, os defensores, costumamos seguir a regra essa máxima.
É traumático ouvir o barulho da rede.
Quando isso acontece, nossos guarda-metas parecem senhoras descabeladas, nos olham com desespero.
Como se pedissem uma explicação para o ocorrido.
Quando é "frango", sequer levantam do chão.
Mas, são líderes.
Contra o goleiro não há argumentos.
Em jogos de campeonatos.
Aqueles de campo cheio. Com direito a rojões e tudo.
Geralmente são eles que puxam as filas dos times.
Aquecem no fundo do campo. 
Isolados, como se preparassem para transcender.
Lânguidos e serenos.
Sim, há uma definição física para os arqueiros, geralmente, acredita-se que esse deva ser alto, de boa envergadura, e por mais fraco que seja, deve transmitir confiança no olhar.
Bom, nosso paredão foge a todos esses requisitos.
Baixinho e corpulento, tem um repertório de "foi mal" e muitos frangos.
Mas nas últimas partidas anda demonstrando uma agilidade NUNCA ANTES VISTA NA HISTÓRIA RECENTE DESSE TIME.
Com defesas seguras e plasticamente belas, está garantindo as partidas.
O homem parece que fechou o corpo, até quando chega atrasado, a bola o procura.




Final da fatura:
ELETROGE F C 2 X 0 F C PAULISTA
Gols: (1) Fernando (São Judas Tadeu); (1) Rafael (gol de placa)

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