domingo, 11 de setembro de 2016

A COXINHA

Cena do filme Estômago, direção de Marcos Jorge, 2007.

Sobre 07 de set.


Derrota é bebida amarga. Até desce, mas é difícil de engolir.
Imagina se essa derrota lhe custa uma coxinha.
Isso mesmo uma coxinha.
Jogar contra ex-equipe é difícil, todos te conhecem.
Jogo assim começa na véspera, na resenha da beira de campo que e se estende às redes sociais. 
Boleiro não dorme. 
Cansa do Whatsapp, procura o Facebook.
Tem uns que até ligam para incomodar.
É jogo que não acaba, começa na resenha e mantem-se na resenha. 
Entre uma e outra o que há é a partida.
Na pilha, sempre tem um esperando uma fagulha para explodir.
Tem jogador que some. Deixa o futebol em casa.
Jogo contra ex-time não tem derrapada, é pegada curta.
Mas há dias e dias como diriam os mais sábios filósofos dos botecos que rodeiam os campos.
Há dias que craques armam contra. Que se apequenam.
Agora, pior que perder, é parar na resenha do adversário.
Nitidamente "errar" o boteco.
E ainda ter que pagar a bebida?
Isso boleiro não perdoa. Errou a resenha. Acertou o passe.
Preço da negociação.
Uma cerveja gelada.
De troco?
Uma coxinha requentada.

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