domingo, 19 de junho de 2016

Buffon


19 de junho de 2016

Goleiro bom enche os olhos.
Essa é uma das grandes verdades do futebol.
São elegantes ao caminhar. Transpiram confiança.
Seu aquecimento destoa de todos.
Pede para ser agredido.
Nos desafia.
Com goleiro bom, passou da cabeça nem vai. O zagueiro só faz parede.
Atacante então.
Pobres atacantes.
Desesperados. Batem de qualquer lugar.
Chutam de bico. De trivela. De chapa. De peito de pé.
O som?
Sempre o mesmo.
Um suave gemido abafado pelo barulho da segurança.
Hoje improvisamos.
Jogamos de Buffon.
Não o Gianluigi.
Mas o nosso Buffon.
Garantiu todas as bolas rasteiras. Se deu ao luxo se trocar de pernas em chutes diagonais.
Jogou de líbero.
No alto?
Duas pontes.
Retardou o jogo.
Soube ganhar.
Na resenha do dia teve jogador afirmando ter encontrado um grande goleiro.
Mas o nosso Buffon é modesto. Mas vaidoso.
De cabelo milimetricamente cortado.
Não gostou do figurino.
Camisa muito grande, não desceu bem  no corpo.
O calção?
Meu Deus!
Que agressão, largo como um saco de batatas.
Sacrificou-se pela camisa.
Pelo azul que tremula na 445.
Encheu os olhos de todos.
Até dos adversários.
Há quem diga na equipe adversária, que o mesmo era profissional até recentemente:"O homi tá di corpo fechado. Num passava nem a tiro de bazuca".
Estava iluminado.
Onde pisou até grama cresceu.
Mas Buffon sonoramente gritou: "Volta Du. Volta".








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